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Bitributação: edtechs têm solução para o problema no setor educacional

A modalidade split de pagamento possibilita dividir automaticamente os valores recebidos entre parceiros de negócios, otimizando a gestão tributária das empresas

A busca por ferramentas que integrem sistemas de gestão e comunicação, tecnologias para o ensino em sala de aula e sistemas de análise de dados está em alta no cenário educacional. Isso ocorre num momento em que o mercado educacional ainda não se adaptou completamente ao meio digital, mas é esperado que faça investimentos nessa transição em breve. Esses são alguns dos fatores que fizeram das edtechs um dos setores com maior crescimento nos últimos anos no Brasil. Em um dos levantamentos mais recentes, elaborado pela Deloitte e pela Associação Brasileira de Startups, o Mapeamento Edtech 2022, revelou que há 813 edtechs ativas no Brasil e, em relação a 2020, esse número cresceu 44%. Agora, as edtechs projetam crescer ainda mais. A aposta está na solução dos desafios financeiros do setor educacional, especialmente com o uso da modalidade conhecida como split, que possibilita dividir automaticamente os valores recebidos em uma transação entre diferentes destinatários.

A análise é do CEO da F10, Marcos Pegoraro. A empresa, com duas décadas de atuação e mais de 500 instituições atendidas em todo o Brasil, é especializada em gestão e performance operacional para escolas. Pegoraro destaca que a modalidade split é indicada, principalmente, para escolas que dependem de outra instituição para a emissão de certificados e diplomas. "A funcionalidade permite que um pagamento seja dividido em duas ou mais frações de maneira automática, possibilitando pagar diferentes parceiros e na proporção que quiser”, explica o CEO.

A solução, que é uma forma de compartilhar receitas entre instituições que têm negócios em comum, tem ainda uma significativa vantagem: evita a bitributação, pois impede a cobrança de um mesmo imposto duas vezes em razão da divisão do valor. “Pagar menos impostos é uma das metas de uma gestão eficiente e o split de pagamento é a ajuda tecnológica capaz de proporcionar isso”, completa. No caso das instituições que firmam convênios para emissão de certificados e diplomas, uma parte da mensalidade paga é destinada à escola que fornece o serviço educacional e outra vai direto ao intermediário que é responsável pela certificação. O processo é concluído de maneira com que cada uma das partes pague apenas os impostos devidos de uma única vez.

Mas é preciso atenção, alerta Pegoraro. Todo o processo deve ser feito de acordo com as regulamentações impostas pelo Banco Central. O órgão exige, por exemplo, que as plataformas criadas devem registrar os detalhes de todas as transações financeiras realizadas.

Pegoraro lembra que a inovação deve ganhar força em 2024 ao ser incorporada cada vez mais no setor educacional, que registra uma escalada no uso de soluções tecnológicas para a área financeira nos últimos anos. Assim como outros setores econômicos, a educação também aderiu, por exemplo, ao pagamento das mensalidades via Pix Cobrança, o meio em que os recursos financeiros são transferidos entre contas em poucos segundos, o que contribui para reduzir as deficiências operacionais das escolas na hora de cobrar a mensalidade. Além disso, outra solução considerada inovadora e com ótimo resultado para reduzir a inadimplência incorporada recentemente em maior escala, é o pagamento recorrente via cartão de crédito. A modalidade funciona como um débito automático no cartão de crédito do aluno.

Sobre a F10 Software

A F10 Software é uma edtech que desenvolve soluções para o setor educacional na área de Tecnologia da Informação. Fundada há 20 anos, tem como objetivo se tornar um centro de excelência em soluções inovadoras na gestão escolar, contribuindo para a transformação digital e para o ecossistema de inovação do setor. Com sede em Curitiba-PR, a empresa tem atuação nacional, atendendo escolas e grupos educacionais em todo o Brasil, por meio de seus softwares e aplicativos. https://www.f10.com.br