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‘Inflação do aluguel’ quase dobra e é a maior em 19 meses
Altas nos preços da cana-de-açúcar e derivados pesaram.
A inflação calculada pelo Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) voltou a acelerar em fevereiro, e fechou o mês em 1,18%, segundo a Fundação Getulio Vargas (FGV). A taxa é a maior desde julho de 2008, quando ficara em 1,76%. Em janeiro, o indicador, usado para calcular o reajuste da maioria dos contratos de aluguel, ficara em 0,63%.
Com a alta deste mês, o indicador acumulado em 12 meses saiu do território negativo e ficou em 0,24%. No ano, a alta acumulada é de 1,82%.
Os preços por atacado foram responsáveis pela aceleração do indicador na passagem de janeiro para fevereiro: um dos três componentes do IGP-M, o Índice de Preços por Atacado (IPA) passou de 0,51% no primeiro mês do ano para 1,42%.
Com alta de 43,88% no mês, a laranja exerceu a maior influência de alta sobre o IPA. Também pesaram os preços da cana-de-açúcar e seus derivados: o açúcar cristal ficou 18,11% mais caro, enquanto os preços da cana e do álcool anidro subiram, respectivamente, 4,04% e 16,03%.
Preços ao consumidor sobem menos
Para o consumidor, a alta de preços de uma trégua este mês e perdeu força: o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) recuou de 1,00% em janeiro para 0,8%. Contribuíram para esse movimento as taxas dos grupos educação, leitura e recreação (que passou de 1,96% para 0,87%), alimentação (de 1,42% para 1,23%) e vestuário (de 0,44% para ‐0,40%).
Um recuo maior do índice foi contido pelas altas nas taxas dos grupos transportes (de 2,29% para 2,65%), habitação (de 0,23% para 0,29%), despesas diversas (de 0,42% para 0,48%) e saúde e cuidados pessoais (de 0,35% para 0,40%)
Terceiro componente do IGP-M, o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) registrou, em fevereiro, variação de 0,35%, abaixo do resultado do mês anterior, de 0,52%.