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Dólar fecha no menor valor em 12 dias, mas encerra mês com alta de 9,3%
As reservas internacionais funcionam como um instrumento de segurança para o país em caso de crise no mercado de câmbio.
Em um dia de oscilações, a moeda norte-americana voltou a fechar abaixo de R$ 4. O dólar comercial encerrou esta quarta-feira (30) vendido a R$ 3,964, com queda de R$ 0,094 (-2,31%). A cotação está no menor nível desde o último dia 18, mas encerrou setembro com alta de 9,3%.
Embora tenha passado todo o dia operando em queda, o dólar chegou a passar de R$ 4 em alguns momentos. Na mínima do dia, por volta das 13h30, a moeda chegou a R$ 3,94, mas a alta diminuiu nas horas seguintes. Em 2015, a divisa acumula alta de 49,1%.
Como nos últimos dias, o Banco Central (BC) interveio apenas no mercado futuro. A autoridade monetária terminou de renovar os contratos de swap cambial (venda de dólares no mercado futuro) que venceriam em outubro. Nessas operações, o BC apenas prorroga a data de vencimento dos contratos, sem vender contratos novos.
Desde sexta-feira (25), o BC não fez leilões de linha – venda de dólares das reservas internacionais com compromisso de recompra do dinheiro algumas semanas depois. No fim da semana passada, o presidente do BC, Alexandre Tombini, tinha informado que o banco poderia vender dólares das reservas internacionais no mercado à vista, operação que não é feita desde fevereiro de 2009. Apesar da declaração, o BC não começou a se desfazer dos recursos das reservas, atualmente em US$ 370,6 bilhões.
As reservas internacionais funcionam como um instrumento de segurança para o país em caso de crise no mercado de câmbio. Normalmente, o BC evita vender diretamente recursos das reservas para não comprometer esse mecanismo de proteção, preferindo operações no mercado futuro, como os swaps cambiais, que transferem a demanda pela moeda norte-americana do presente para o futuro. Em caso de turbulência severa, no entanto, a autoridade monetária pode lançar mão das reservas cambiais.
Texto alterado às 18h31 para correção de informação: desde sexta-feira (25), Desde sexta-feira (25), e não desde sexta-feira (5)