"O menor caminho entre sua empresa e o Sucesso"
- (41) 3528-3203
- (41) 3010-9641
Inteligência emocional: clichê ou é importante para empreender? Parte 2.
A inteligência emocional não resolve tudo, mas pode dar um impulso decisivo para moldar temperamento e aumentar suas potencialidades.
No artigo que escrevi anteriormente sobre a inteligência emocional, descrevi benefícios que são percebidos ao longo do tempo com o uso da inteligência emocional e também escrevi como estimular o desenvolvimento para aumentar o desempenho pessoal e de equipes.
Nesta segunda parte será abordado o temperamento como um conjunto emocional que o empreendedor pode mudar através de experiências adquiridas.
Para o empreendedor, uma pergunta que sempre deve ser feita é: Qual o objetivo das grandes ideias se não virarem ação?
Por isso, o temperamento que pode ser definido como um estado de espírito que tipifica nossa vida emocional é tão importante para o empreendedor. Dificuldades ao percorrer o caminho do empreendedorismo não faltarão. E, neste contexto aumenta a importância do temperamento. Essa complexa gama de atributos emocionais muitas vezes determina o sucesso ou insucesso de um empreendimento. Várias teorias indicam que é possível, através das experiências que vão sendo adquiridas ao longo do tempo, mudar as reações habituais para àquelas que sejam mais adequadas à situação em que o empreendedor estiver exposto. Porém as pessoas diferem na facilidade com que ocorre a adaptação à situação e até mesmo a intensidade que ela alcança.
Os traços de personalidade são demonstrados no temperamento. Assim, o empreendedor ao ser tímido, ousado, otimista ou melancólico (classificação dada por Jerome Kagan da Universidade de Harvard) demonstra inúmeras diferenças inatas que podem se modificar com as experiências adquiridas. Tornar-se uma pessoa mais confiante é um desafio para o empreendedor. Principalmente o jovem empreendedor precisa desenvolver, através da Inteligência emocional, capacidades para vivenciar e enfrentar as diversas dificuldades que são inerentes no caminho de empreender.
A timidez torna o empreendedor mais reativo. Reativo não significa ser cauteloso. Cauteloso significa se cercar de cuidados na hora de empreender, diferentemente de assumir uma postura reativa e esperar pelos outros. Já a ousadia talvez reflita mais o perfil do empreendedor. Porém um cuidado é necessário: a excitabilidade excessiva com determinado empreendimento pode ser uma armadilha para o insucesso. Ser ousado é assumir riscos, ou seja, ter o máximo de informações necessárias para àquele empreendimento visado. Assumir riscos é diferente de correr riscos. Ao assumir riscos tenho informações sobre o negócio. Ao correr riscos não tenho, ou tenho poucas informações sobre aquele negócio.
As outras duas características descritas pelo professor americano Jerome Kagan são o otimismo e a melancolia. Para o empreendedor ser otimista é fundamental. Mesmo acreditando que você é capaz nunca ignore a opinião dos outros. Avalie, analise, pondere, pois o otimismo vem carregado de uma semiparalisia da razão o que para os negócios não é nada bom. Ser otimista com inteligência emocional e usar a emoção e a razão em equilíbrio. A excitação que acompanha o otimismo deve ser controlada pelo empreendedor porque muitas vezes o otimismo é a fúria de sustentar que tudo está bem, quando está mal. Nos negócios isso é fatal. A outra característica apontada por Kagan é a melancolia. Talvez até seja muito óbvio que o empreendedor não pode ser melancólico. Negócios que deram certo no passado servem claro, como experiências a serem observadas. Porém, o futuro é que deve ser visualizado. Isso não quer dizer que negócios com foco no “retrô” sejam melancólicos. O que não deve é o empreendedor ter melancolia, porque a firmeza de propósitos reduz o medo e encaminha soluções criativas para o futuro.
O cérebro humano nunca está de modo algum plenamente formado, assim o comportamento do empreendedor baseado nas técnicas da inteligência emocional vai moldando-se. As experiências vão esculpindo o cérebro e determinando nosso comportamento. O processo é constante e mais evolutivo para àqueles que se dispõe a aprender sempre e isso se transforma em janelas de oportunidades.
Assim, respondendo a pergunta do início do texto: as grandes ideias se transformarão em grandes ações se o empreendedor usar da inteligência emocional para moldar seu comportamento diante dos desafios constantes do empreendedorismo. Há muitos hábitos emocionais que disciplinam o comportamento e fazem a diferença positiva ou negativa para o empreendedor. Portanto, busque as aptidões emocionais essenciais para se tornar um empreendedor de sucesso. Grandes ideias necessitam de grandes ações.
Por fim, a inteligência emocional pode parecer clichê, mas é importante para empreender e ter sucesso no empreendimento.