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A ciência no mundo empresarial
Nos últimos 200 anos, a ciência se consolidou no mundo com o aumento dos estudos nas diversas áreas, mudando do pensamento dogmático para o cético, as observações e informações passaram a ser superiores às ideias sobre algo.
Nos últimos 200 anos, a ciência se consolidou no mundo com o aumento dos estudos nas diversas áreas, mudando do pensamento dogmático para o cético, as observações e informações passaram a ser superiores às ideias sobre algo.
Foi com observação e coleta de dados, que o médico húngaro Ignaz Semmelweis levou, pela primeira vez, o debate na área médica sobre a importância de se lavar as mãos, mas infelizmente acabou sendo colocado no manicômio por causa disso.
A história de Ignaz também demonstra o quanto a sociedade desaprende, já que a lei mosaica, 1.300 a.c. aproximadamente, já falava em se lavar em diversos momentos e por vários motivos.
A evolução científica vem de novos questionamentos que geram novas informações e dados, fazendo que o que era tido como verdadeiro passe a ser considerado errado ou tendo uma nova verdade, está aí a história do ovo como vilão ou não do colesterol.
Na gestão empresarial, a ciência quase sempre é deixada de lado, o empresário gosta mais de agir pelo seu feeling, seu sexto sentido, seu dom ou suas crenças, muitos ainda estão no pensamento dogmático e ainda não utilizam a ciência que está à sua disposição.
A Ciência Contábil, há mais de 500 anos, trouxe o método das partidas dobradas, ou, simplesmente, para todo bem e direito, a empresa tem uma obrigação com terceiro, que pode ser o próprio empresário no papel de sócio.
Criticar a contabilidade como uma fornecedora de relatórios ultrapassados, que chegam tarde, que não servem para tomada de decisão é não reconhecê-la como ciência.
Com o passar dos anos, a sociedade vai dando outros significados para as palavras, o que distorce o verdadeiro sentido, não deveria existir algo como “contabilizar as vítimas de uma tragédia”, uma vez que se está “contando” e não exercendo a contabilidade.
Também é comum ouvirmos, “vou profissionalizar a gestão da empresa”. Por definição, profissão é a atividade que uma pessoa exerce para obter recursos de subsistência, portanto todo empresário é um profissional.
O que deve ser debatido é o profissionalismo da gestão. Está sendo aplicada ciência ou achismo? O empresário tem que saber de tudo ou tem que ter bons profissionais ao seu lado para aplicar o melhor da ciência?
É verdade que hoje, pela internet, todos sabem e falam sobre tudo, política, economia, psicologia e até sobre medicina, como sendo especialistas. Com isso, feliz ou infelizmente, temos opiniões de “profissionais” de todas as áreas se posicionando de formas opostas sobre o mesmo tema.
Como então escolher quem ouvir? Jogando, ♪ “mamãe mandou eu escolher este daqui, mas como eu sou teimoso vou escolher este daqui” ♪ ?
Toda a ciência normalmente tem um “pai”, como Lucca Pacioli é considerado da contabilidade, mas a evolução é formada pelo estudo de várias pessoas, que inclusive divergem entre si, e que com o tempo chegam a um consenso do mais aceitável e o melhor para a sociedade.
Na hora que se vai escolher um médico, procura-se um em que a última atualização tenha sido a faculdade ou aquele que participa de congressos e está atualizado nos últimos debates científicos, tanto de prevenção como nos novos métodos de tratamento?
A receita do chá da vovó sempre foi eficaz para qualquer dor de barriga há décadas, mas se deve utilizar os métodos de diagnósticos que estão à disposição para escolher o melhor tratamento, que pode ser até o chá.
Na empresa, deveria se aplicar o que há de mais atualizado nas áreas financeira, gestão de pessoal, comunicação e marketing, entre outras.
Hoje existem alguns movimentos que questionam alguns pontos consolidados da ciência, não de uma forma evolutiva, mas sim destrutiva, querendo que o conhecimento acumulado por anos pela sociedade não seja mais utilizado, como o movimento anti-vacina.
No mundo empresarial é diferente, não existe um movimento contra a ciência, o que há é a não utilização na sua plenitude.