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Covid-19: Secretários de Saúde solicitam toque de recolher nacional em carta ao governo

Documento será entregue ao ministro da Saúde, Eduardo Pazuello

Nesta segunda-feira (1º), o Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) publicou uma carta aberta criticando a conduta do governo federal no combate à pandemia do novo coronavírus no Brasil e solicitando que o Ministério da Saúde lidere a implementação, em todo o país, de medidas restritivas mais rigorosas para conter a crise sanitária - que registra seu pior momento, com altos índices locais de internações e mortes.

"A ausência de uma condução nacional unificada e coerente dificultou a adoção e implementação de medidas qualificadas para reduzir as interações sociais que se intensificaram no período eleitoral, nos encontros e festividades de final de ano, do veraneio e do carnaval", afirma a nota, acrescentando que "o relaxamento das medidas de proteção e a circulação de novas cepas do vírus propiciaram o agravamento da crise sanitária e social, esta última intensificada pela suspensão do auxílio emergencial".

Entre as sugestões listadas na carta "para evitar o iminente colapso nacional das redes pública e privada de saúde", o Conass pede que o governo federal acione toque de recolher nacional das 20h às 6h e aos fins de semana, além de proibir eventos presenciais (incluindo aulas e cultos religiosos) e acesso às praias, suspender voos e transporte interestadual, ampliar testes de detecção do vírus e acompanhar os testados.

Também é indicada a criação de um Plano Nacional de Comunicação, "com o objetivo de reforçar a importância das medidas de prevenção e esclarecer a população", e de um Plano Nacional de Recuperação Econômica, "com retorno imediato do auxílio emergencial".

Assinado pelo presidente da entidade, Carlos Lula, o documento deverá ser entregue ainda hoje ao ministro da Saúde, Eduardo Pazuello.

Segundo dados divulgados neste domingo (28) pelo consórcio de veículos de imprensa que tem monitorado a situação da Covid-19 no Brasil, o país soma 255.018 mortes causadas pela doença, com 755 novas vítimas registradas nas 24 horas anteriores, e registrou o segundo recorde consecutivo na média móvel de óbitos nos últimos 7 dias: 1.208. O total de casos de infecção é de 10.549.129, sendo 40.495 deles confirmados ontem.